Se a Igreja se deixar seduzir pelo canto das sereias materialistas, midiáticas e relativistas deste mundo secularizado e decadente, ela arrisca esvaziar o sentido da morte de Cristo sobre a Cruz para a salvação das almas. A Igreja não tem por missão solucionar todos os problemas sociais do mundo: a ela cabe repetir incansavelmente as primeiras palavras de Jesus no inicio do seu ministério público na Galiléia: "Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho" (Mc 1, 15) - (Sarah, Robert - A força do silêncio: contra a ditadura do ruído, 2019)
No Apocalipse está presente tal condenação. A primeira condenação, implícita e muito forte, já a encontramos no relato da criação do Homem. Como coroamento da Sua obra, Deus fez o Homem "à Sua imagem"... E fê-lo "varão e mulher". Prossegue a Escritura: "Deus abençoou-os e disse-lhes: 'Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a' " (Gn 1, 27-28). Esta passagem encerra um dos fins da diferenciação sexual: a procriação . Será esta a única razão pela qual Deus criou dois sexos na espécie humana? Não é; pois o homem e a mulher são diferentes também para que se possam completar mutuamente. O isolamento do homem é descrito, pelo Génesis, como um mal: "Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar, que lhe corresponda" (Gn 2, 18). Ao ver a mulher, tirada do seu lado, o homem exclama, exultante: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!" (Gn 2, 23). Ao contrário dos irracionais, q
Comentários
Postar um comentário