São Mateus, ao mencionar pela primeira vez São José em seu Evangelho, limita-se a dizer sobre ele que era "justo" (1,19), o que equivale a uma verdadeira canonização realizada pelo Espírito Santo, pois o termo justo significa, como explica São João Crisóstomo, "aquele que é virtuoso em tudo". Tendo sido São José concebido em graça e livre da concupiscência, é fácil deduzir que sua existência, desde a mais tenra infância, foi toda ela marcada por especiais favores da Providência, no sentido de prepará-lo para a altíssima missão à qual era chamado.
Assim atesta o dominicano Pe. Isidoro de Isolano, primeiro a escrever um tratado teológico integralmente dedicado ao Santo Patriarca: "José foi o primeiro a quem o Espírito Santo canonizou no Novo Testamento, chamando-o de varão justo" (ISOLANO, OP, Isidoro de. Suma de los dones de San Jose, P.I, c.9. In: LLAMERA, OP, Bonifacio, Teologia de San Jose, Madrid:BAC, 1953, p.405)
Sobre a eminente virtude de São José já nos albores de sua existência, comenta o Pe. Llamera: "Sem temeridade, podemos pensar que São José, em todos os seus atos, já desde a infância, agiu com toda a força da graça habitual, pois não se lhe opunha nenhum impedimento, nem as paixões, nem os defeitos, nem as negligências ou distrações" (LLAMERA, op.cit, p.206). E o Pe. Garrigou-Lagrange afirma a esse respeito: "Considerada sua missão, Deus providente lhe concedeu todas as graças, recebidas já desde a infância: piedade, virgindade, prudência, perfeita fidelidade (GARRIGOU-LAGRANGE, OP, Reginald. De praestantia Sancti Ioseph inter omnes sanctos. In: Angelicum, Roma, N.5 , p.205)
Comentários
Postar um comentário