Por FratresInUnum.com, 23 de
outubro de 2019 – A ausência de coerência moral é própria de qualquer
enganador, mas, quando a ela se soma o esforço por inverter a relação moral e
culpabilizar a vítima pela agressão que lhe é infligida, estamos diante de psicopatas
perigosos, dos quais se deve fugir como de predadores.
Nos últimos dias, temos sido
brindados com declarações no mínimo desconcertantes de certos bispos no Brasil.
Primeiro, Dom Orlando Brandes
demonizou em bloco todos os tradicionalistas, atribuindo-lhes a alcunha de
“dragões” e chamando a direita toda de “violenta”, no ato mesmo em que
praticava o monopólio da violência verbal em pleno altar de Aparecida e na
festa da Padroeira.
Outros bispos repetiram a dose,
lamentando-se de que a Igreja está sendo atacada, e o pior: desde dentro!, que
os fiéis devem se precaver contra aqueles que divergem do Papa Francisco,
blindando-o contra qualquer eventual crítica, como se ele e os seus aliados não
estivessem exatamente fazendo algo criticável. A Igreja está sendo atacada,
sim, e desde dentro, sim, mas também desde o alto: é a hierarquia que se está
expondo a uma vergonha mundial, dando não apenas anistia a todos os ritos
pagãos em templos católicos, mas querendo paganizar a Igreja inteira mediante a
amazonização prometida nesse Sínodo.
O próprio Andrea Tornielli,
vaticanista camaleônico que se adapta ao pontificado do momento, repercutiu o
desespero e, nisto, foi seguido por alguns padres e bispos nas redes sociais.
Com um moralismo quase casuísta, de manualistas antigos, eles chamam em questão
o sétimo mandamento do decálogo em desfavor dos jovens que subtraíram as
carrancas da Pachamama, enquanto eles mesmos estão continuamente respaldando a
transgressão escandalosa do primeiro mandamento do mesmo decálogo, regra e
princípio de todos os demais preceitos: “Não farás outros deuses diante de
mim”! Feito carpideiras em velório, usam a retórica recriminatória como arma de
inversão moral para amordaçarem toda a reação dos fiéis.
Felizmente, o cinismo dessa gente
se tornou por demais aparente e já não é mais dissimulável, nem com a voz
mansa, nem com o sorriso terno, nem com o discurso conciliador. O povo já sabe
onde estão os verdadeiros agressores. Por mais que eles se queiram valer da posição
hierárquica como meio de calar os leigos e eximir-se da sua reação, já não
conseguirão obter sucesso. Os tempos dos abusos silenciados acabaram. As
vítimas estão gritando! Primeiro, eram as vítimas de assédio e delitos
congêneres; agora, são as milhares de vítimas da mutilação do Evangelho, da
adulteração da fé, da paganização da Igreja.
Nós não iremos aceitar nada
disso. Aliás, precisamos até agradecer que chegaram até esse ponto de
escândalo, pois não há mais fingimento que possa conter o quão patente é a
traição! Os leigos estão gritando e, nos últimos dias, muito mais gente
acordou. Os bispos já o perceberam, percebeu-o também o Vaticano. E estão
desesperados. Todas as entrevistas das autoridades nos órgãos de comunicação
oficiais e oficiosos só repercutem o que chamam de “discurso de ódio”,
intolerância, etc.
A tentativa de inverter o cenário
— de leigos vítimas a leigos criminosos — não vai dar certo. Está muito claro,
aqui, quem está do lado da Igreja e quem se serve da sua estrutura para destruí-la
desde dentro.
Não nos acusem do que vocês
fazem, pois não aceitaremos essa violência psicológica. Vocês foram longe
demais e nós estamos aqui para dizê-lo!
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