O que realmente pensam os católicos chineses do Acordo Vaticano-Pequim?...Traição a fé católica na China.
A IGREJA ESTARÁ CHEIA DAQUELES QUE ACEITAM ACORDOS! (Nossa Senhora em Akita, Japão, 13 de outubro de 1973)
29.07.2019
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Por Marcos
Machado
A mídia
nacional e internacional não se cansa de repetir que a China é o maior parceiro
comercial do Brasil. A União Europeia por seu lado mostrou-se aberta e
concessiva a um incremento comercial com a China ao mesmo tempo em que
pressiona o Brasil inclusive na questão da Amazônia.
Por que
razão, perguntamos, a UE não pressiona a China pela liberdade religiosa, pelo
respeito aos direitos da pessoa humana?
Recentemente
nosso site postou um esclarecedor artigo sobre a denúncia feita contra a China,
em Washington, na 2a. reunião sobre a liberdade religiosa.
https://ipco.org.br/china-e-denunciada-na-2a-reuniao-anual-pela-liberdade-religiosa/#.XT5KjuhKguU
Hoje vamos
tratar da perseguição religiosa na China
Artigo do
Catholic Herald magazine, Anthony E Clark, 18 de julho, traz interessantes e
vivos testemunhos da vida miúda de católicos chineses sob o Acordo
Vaticano-Pequim.
“Recentemente
eu caminhei lentamente até uma colina com um padre local em uma área remota da
China. Ele ficou perto de mim enquanto subíamos as encostas íngremes da igreja
de peregrinação mariana, não porque ele estivesse instável em nossa escalada,
mas porque eu queria falar em um sussurro silencioso sobre o que está
acontecendo na China”.
”As
autoridades locais enviaram trabalhadores com equipamento pesado para
‘Sinicisar’ (*) nossa igreja“, ele me disse, “o que significava que eles
destruíram nossas imagens ao ar livre enquanto assistíamos em agonia. O que
podemos fazer? É assim que as coisas são””.
“Poucos
dias depois, eu estava em outra província em um lar católico para órfãos,
idosos e severamente deficientes. A mulher responsável, uma virgem consagrada,
relatou que sua grande estátua de São José, perto do portão da frente, havia sido
removida pelas autoridades. Nenhuma explicação nos foi dada”.
“O que mais
me impressionou nesses dois incidentes é que eles ocorreram depois que o acordo
provisório foi assinado entre a Santa Sé e o governo chinês em setembro de
2018”.
Prossegue o
articulista comentando que “alguns lugares que visitei prosperaram mais do que
eu já vi antes” mas eram “localidades freqüentadas por visitantes estrangeiros,
como Pequim e Xangai”. Ou seja, acrescentamos nós, lugares onde a tônica é dada
por turistas e fazem parte da montagem do PC para iludir estrangeiros sobre a
religião na China.
O registro
civil do Clero na China faz lembrar a Constituição Civil do Clero na Revolução
Francesa
“O que
agora mudou na paisagem católica da China é que, pela primeira vez desde 1949,
o Vaticano sentou-se à mesma mesa do Partido e assinou um acordo, ainda que
secreto. Por que, perguntam os fiéis da China, o Vaticano deve guardar segredos
para as pessoas cujas vidas esse acordo já começou a afetar? Geralmente é o
partido que opera em segredo, não os líderes da fé católica”.
“Agora
temos outro anúncio de Roma (sobre o registro civil do Clero). Mas o que isso significa para o padre
católico na China que, de acordo com sua consciência, é obrigado a assinar um
documento que obriga a concordar que a Igreja chinesa é “independente” de todas
as potências estrangeiras, e em muitas províncias exige que ele impeça alguém
com menos de 18 anos de entrar em sua igreja ou mesmo ser exposto à religião
dentro de sua casa de família?
“Na China,
o Estado afirma sua primazia sobre a religião, e isso não é aceitável para um
católico que aceita a primazia de Deus e da Igreja acima de tudo. O estado insiste que o clero deve concordar
por escrito que a Igreja não pode ser governada por nenhuma entidade fora da
China, incluindo a Santa Sé; não pode aceitar qualquer apoio material de fora
da China; e não pode permitir quaisquer atividades missionárias estrangeiras”.
Perplexidades
dos católicos chineses fieis à Roma
O documento
(recente) do vaticano afirma: “A Santa Sé não pretende forçar a consciência de
ninguém … [e] continua pedindo que o registro civil do clero ocorra de maneira
a garantir o respeito à consciência e às profundas convicções católicas das
pessoas envolvidas ”. Os católicos da China se perguntam se essa afirmação faz
algum sentido. Pois como é possível que o governo da China possa “respeitar a
consciência e as profundas convicções católicas” do clero, exigindo ao mesmo
tempo que assinem um acordo manifestamente contrário à crença católica?
Declarações
do Cardeal Zen
O Cardeal
Joseph Zen, ex-bispo de Hong Kong, “apresentou uma dubia ao Papa Francisco.
Eles dizem respeito à adequação e solidez das novas diretrizes para os padres e
bispos chineses”.
“A dubia do
Cardeal Zen conclui com um apelo apaixonado: “Senhor, por favor tenha piedade
da Igreja de nossa pátria e não permita que aqueles que desejam destruir a
verdadeira fé tenham sucesso.” O cardeal não é o único líder da Igreja que está
preocupado com o estado dos fiéis católicos da China”.
É possível
a Igreja ter liberdade no Estado comunista?
Um estudo
do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira – A liberdade da Igreja no estado
comunista”, publicado em diversos idiomas, com centenas de milhares de
exemplares trata especificamente desta tese. A Igreja Católica não pode aceitar
a coexistência pacífica com um país comunista que lhe cerceie a liberdade de
pregar toda a sua doutrina.
Inclui, é
claro, pregar sobre o direito de propriedade, baseado em dois Mandamentos da
Lei de Deus.
Essa obra
recebeu uma carta de louvor da Santa Sé como sendo um “eco fidelíssimo dos
ensinamentos do supremo magistério”.
Ide, e evangelizai a todos os povos
“Às
nações pagãs não é lícito fechar-se aos que em nome de Jesus Cristo lhes vão
anunciar a Boa Nova. Cada vez que um missionário bate às suas portas, vai
assistido pela graça de Deus, que dá a todo pagão as luzes necessárias para
perceber — se estiver de boa fé — que aquele é um ministro da verdadeira
Religião. Assim, se o enxota, não será, ao menos na imensa maioria dos casos,
por ignorância mas por pecado. E, esgotados os meios suasórios, devem as nações
cristãs usar da força para obrigar os governos pagãos a dar aos enviados de
Nosso Senhor Jesus Cristo e da Santa Igreja o direito de exercer livremente a
missão que lhes conferiu o próprio Deus. Admitir o contrário seria afirmar que
é preciso obedecer mais aos homens do que a Deus”.
O princípio vale para os países pagãos e
sobretudo para as nações comunistas que perseguem a Santa Fé Católica.
(baixe o
livro gratuitamente)
https://www.pliniocorreadeoliveira.info/ALIEC_1974_bucko.htm
(*) “Sinicização”
é a palavra talismã usada pelo PC chinês para transformar a religião num
instrumento a favor do comunismo.
https://catholicherald.co.uk/magazine/what-chinas-catholics-really-think-of-the-vatican-deal/
— Anthony E Clark é professor de história chinesa e diretor do Programa de
Estudos Asiáticos da Universidade Whitworth em Spokane, Washington
Visto em: ipco.org.br
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