Não é o pastor que deve dizer ao
leigo o que fazer e dizer. Não é o
pastor que deve dizer ao leigo o que fazer e dizer, ele sabe tanto e melhor que
nós. Não é o pastor que deve estabelecer o que os fiéis devem dizer nos
diversos âmbitos. Como pastores, unidos ao nosso povo, faz-nos bem perguntarmos-
nos como estamos a estimular e a promover a caridade e a fraternidade, o desejo
do bem, da verdade e da justiça. Como podemos fazer para que a corrupção não se
aninhe nos nossos corações.
Qual é o leigo comprometido?
Muitas vezes caímos na tentação de pensar que o leigo comprometido é aquele que
trabalha nas obras da Igreja e/ou nas realidades da Paróquia ou da Diocese, e
refletimos pouco sobre o modo como acompanhar um batizado na sua vida pública e
quotidiana; sobre como, na sua atividade diária, com as responsabilidades que
tem, se compromete como cristão na vida pública.
Discernindo com o nosso povo e
nunca para o nosso povo nem sem o nosso povo. É ilógico e até impossível,
pensar que como pastores deveríamos ter um monopólio das soluções para os
múltiplos desafios que a vida contemporânea nos apresenta. Pelo contrário,
devemos estar do lado do nosso povo, acompanhando-o nas suas buscas e
estimulando a imaginação capaz de responder à problemática atual. Discernindo
com o nosso povo e nunca para o nosso povo nem sem o nosso povo. Como diria
santo Inácio, «segundo as necessidades de lugares, tempos e pessoas». Isto é,
não uniformizando. (AMERICA LATINA CARTA DO PAPA
FRANCISCO AO CARDEAL MARC OUELLET, PRESIDENTE DA PONTIFÍCIA COMISSÃO PARA A
AMÉRICA LATINA)
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