Eles defenderam a honra e a dignidade de três jovens que escaparam de ser violadas e escravizadas. Um exemplo para muitos, nos dias atuais, porque hoje fazem acordos, colocando a vida de milhões de chineses na boca dos lobos vorazes para serem mortos e massacrados, por causa da fé.
REDAÇÃO CENTRAL, 25 Fev. 19 /
05:00 am (ACI).- Neste dia 25 de fevereiro, é celebrada a festa dos Santos Luís
Versiglia e Calisto Caravario, mártires salesianos assassinados por comunistas
na China. Eles defenderam a honra e a dignidade de três jovens que escaparam de
ser violadas e escravizadas.
“O missionário que reza muito
alcança muito”, costumava dizer o Bispo São Versiglia, enquanto o presbítero
São Caravario, dias antes de morrer, escreveu à sua mãe: “Passará a vida e
acabarão as dores: no Paraíso seremos felizes. Nada te perturbe, minha boa mãe;
se levas tua cruz na companhia de Jesus, será muito mais leve e agradável...”,
Luís Versiglia nasceu na Itália
em 1873. Aos 12 anos ficou fascinado por Dom Bosco. Depois da morte do santo,
decidiu se tornar salesiano para sair em missão.
Em 1895, foi ordenado sacerdote.
Foi nomeado diretor de noviços em Roma pelo Beato Miguel Rua e, posteriormente,
liderou um grupo de salesianos que chegaram à China em 1906. Instalaram-se com
uma obra em Macau e com uma frente missionária em Heungchow.
São Luís Versiglia abriu
orfanatos e oratórios salesianos e, em 1921, foi consagrado Bispo do Vicariato
Apostólico de Shiuchow. Sob seu impulso, multiplicaram-se as casas
missionárias, institutos, asilos, orfanatos e teve início o seminário de
nativos.
São Calisto Caravario, por sua
vez, nasceu em Turim (Itália), em 1903. Quando o jovem salesiano se encontrou
com Luís Versiglia em 1921, disse-lhe: “Encontrarei vocês na China”. Anos
depois, cumpriu sua promessa, recebendo a ordenação sacerdotal das mãos do
Bispo São Versiglia. Em seguida, foi enviado à missão de Lin-chow.
Nessa época, a situação política
na China havia se tornado tensa, especialmente contra os cristãos e os
missionários estrangeiros. Até as Igrejas eram incendiadas. Dessa forma,
começaram as perseguições.
O Bispo Versiglia realizou uma
visita pastoral a Lin-Chow e o Pe. Caravario saiu para recebê-lo no caminho.
Em 25 de fevereiro, os dois
celebraram a Missa em Ling Kong-how e, em seguida, pegaram uma barca junto com
dois professores e três jovens da missão (Maria, de 21 anos, Paula, de 16, e
Clara, de 22). Na viagem, juntaram-se a eles uma catequista idosa e um menino.
Um grupo de piratas comunistas
mandou que parassem a barca e, com fuzis e pistolas, pediram que os
missionários pagassem 500 dólares para que pudessem passar. O Bispo disse a
Caravario: “Diga-lhes que somos missionários e, portanto, não levamos dinheiro
conosco”.
Os bandidos revistaram a barca,
encontraram as meninas, que se escondiam rezando, e gritaram que iriam
levá-las. Queriam violá-las e escravizá-las.
Os santos tentaram detê-los e
foram muito agredidos. Os dois acabaram ensanguentados e presos com as jovens.
Os piratas ordenaram aos outros que estavam na barca que regressassem para
Lin-Kong-How, os quais alertaram as autoridades.
Sobre os missionários, a jovem
Maria testemunhou: “Vi dom Caravario, com a cabeça inclinada, falava em voz
baixa com o Bispo”. Estavam se confessando mutuamente. “O Bispo e dom Caravario
nos olhavam, mostravam-nos o céu com os olhos e rezavam. Seu aspecto era amável
e sorridente e rezavam em voz alta”.
Enquanto as meninas eram
transladadas, ouviram-se cinco disparos. Mais adiante, os bandidos comentavam:
“Todos têm medo da morte. Pelo contrário, esses dois morreram felizes”.
Dias depois, os soldados
regulares chegaram ao esconderijo dos bandidos, os quais fugiram abandonando as
jovens. Em seguida, elas, de joelhos, rezaram diante dos corpos dos dois
santos, que tinham dado sua vida para defendê-las.
São João Bosco sempre teve o
desejo de ser missionário e, em um de seus sonhos, viu um cálice cheio de
sangue que fervia e se derramava. Assim, compreendeu que os salesianos também
teriam mártires. Por isso, São Versiglia e São Caravario, primeiros mártires
salesianos, são representados com um cálice que derrama sangue.
São Paulo VI os declarou mártires
em 1976. Foram beatificados em 1983 e canonizados em 2000, por São João Paulo
II.
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