“Um verdadeiro ministro do altar forma-se para Deus, e não para si”. Significam estas palavras de Sto. Ambrósio que um padre deve esquecer as suas comodidades, as suas vantagens e os seus gostos; deve persuadir-se que, desde o dia em que recebeu o sacerdócio, não é seu, mas de Deus. Tem muito a peito o Senhor que os padres sejam puros e santos, para que possam comparecer na sua presença, isentos de todo o defeito, e oferecer-lhe os sacrifícios: Ele se assentará a fundir e limpar a prata; e purificará os filhos de Levi, e os acrisolará como o ouro e a prata; depois oferecerão os sacrifícios na justiça. Assim fala o profeta Malaquias; e no Levítico lê-se: Serão santos no serviço do seu Deus, e não desonrarão o seu nome; porque hão de oferecer incenso do Senhor e os pães do seu Deus, e por consequência serão santos. Se deviam, pois, ser santos os sacerdotes da Lei antiga, porque ofereciam a Deus apenas o incenso, e os pães de proposição, que eram uma simples figura do adorável Sacramento dos nossos altares, quanto mais devem ser puros e santos os sacerdotes da lei nova, que oferecem a Deus o Cordeiro sem mancha, o seu próprio Filho! Nós oferecemos, observa Estio, não novilhos ou incenso, como os sacerdotes antigos, mas o próprio Jesus Cristo; oferecemos o corpo mesmo do Senhor, que foi suspenso no altar da cruz. É-nos necessária, portanto a santidade, que consiste na pureza do coração; quem se aproxima sem ela destes mistérios terríveis, aproxima-se indignamente.( Do Livro: A selva. LIGÓRIO, Santo Afonso Maria, 1928, p. 13.)
No Apocalipse está presente tal condenação. A primeira condenação, implícita e muito forte, já a encontramos no relato da criação do Homem. Como coroamento da Sua obra, Deus fez o Homem "à Sua imagem"... E fê-lo "varão e mulher". Prossegue a Escritura: "Deus abençoou-os e disse-lhes: 'Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a' " (Gn 1, 27-28). Esta passagem encerra um dos fins da diferenciação sexual: a procriação . Será esta a única razão pela qual Deus criou dois sexos na espécie humana? Não é; pois o homem e a mulher são diferentes também para que se possam completar mutuamente. O isolamento do homem é descrito, pelo Génesis, como um mal: "Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar, que lhe corresponda" (Gn 2, 18). Ao ver a mulher, tirada do seu lado, o homem exclama, exultante: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!" (Gn 2, 23). Ao contrário dos irracionais, q
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