O Papa Emérito Bento XVI um dia fez a pergunta
“Onde se funda o martírio?”. A resposta é simples: “Sobre a morte de Jesus,
sobre seu sacrifício supremo de amor, consumado na Cruz para que pudéssemos ter
a vida”. E explicou: “Cristo é o servo sofredor de quem fala o profeta Isaías,
que doou a si mesmo em resgate de muitos. Ele exorta os seus discípulos, cada
um de nós, a tomar cada dia a própria cruz e segui-lo no caminho do amor total
a Deus Pai e à humanidade: “Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é
digno de mim. Quem buscar a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida por
causa de mim a encontrará (MT 10, 38-39)”. E afirmou: “O mártir segue o Senhor
até o fim, aceitando livremente morrer pela salvação do mundo, em uma prova
suprema de fé e de amor (cf. Lúmen Gentium, 42)”.
E novamente o Papa fez uma pergunta, acompanhada de
uma resposta: “Mas de onde nasce a força para enfrentar o martírio? Da profunda
e íntima união com Cristo, porque o martírio e a vocação ao martírio não são o
resultado de um esforço humano, mas a resposta a uma iniciativa e a um chamado
de Deus, são um dom da Sua graça, que torna capazes de oferecer a própria vida
por amor a Cristo e à Igreja e, assim, ao mundo. Se lemos a vida dos mártires,
ficamos surpreendidos com a serenidade e coragem no enfrentamento da morte: o
poder de Deus manifesta-se plenamente na fraqueza, na pobreza de quem se confia
a Ele e só n’Ele deposita a sua esperança (cf. 2 Cor 12, 9). E definiu: “Em uma
palavra, o martírio é um grande ato de amor em resposta ao amor de Deus”.
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