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ITAPIRANGA X GHIAIE DI BONATE



As manifestações da Virgem, no Amazonas, tem um particular, que liga duas realidades vividas, por pessoas diferentes, em tempos distintos: uma ocorrida no ano de 1944, a Ghiaie di Bonate, na Itália, quando a Virgem se manifestou a Adelaide Roncalli, uma menina bergamasca de sete anos; outra, no ano de 1994, vivida por Edson Glauber, 50 anos depois de a Virgem ter se manifestado na Província de Bérgamo. Como poderiam estas duas localidades estarem unidas entre si? Apesar dos nomes, Ghiaie e Itapiranga, serem de origens diversas, ambos têm o mesmo significado, pois se referem a tipos de terrenos pedregosos, seixos ou calhau. Não quis Nossa Senhora, unir estas duas realidades, para trazer a sua mensagem às famílias, mostrando-as que devem ser construídas no alicerce de pedras e rochas firmes da fé, da oração e da santidade?

Em Ghiaie di Bonate, Nossa Senhora se manifestou a Adelaide Roncalli, acompanhada do Menino Jesus e São José, por trezes vezes. Ali ela deixou uma mensagem destinada particularmente às famílias, pedindo a santificação dos casais. Estas aparições foram consideradas a continuação da mensagem de Fátima. Apesar de tantas curas e de tantos sinais ocorridos no local das aparições, presenciados por mais de 300.000 pessoas, a Igreja local se opôs, não reconhecendo a sobrenaturalidade dos fatos. Este processo injusto podemos compreender devido a:

Intervenção de Padre Cortesi

Padre Luigi Cortesi, jovem e brilhante professor do Seminário de Bergamo , filosofo, chegou a Ghiaie di Bonate numa sexta-feira, 19 de maio de 1944. Começou a pesquisar logo com o espírito indagador do estudioso, com distinção e cortesia, tanto que não lhe foi difícil controlar a situação e entrar no papel de inquisidor dos fatos de Ghiaie. Não veio com um mandado do Bispo, mas de própria iniciativa. Assistindo as visões, violou a proibição do Bispo, mas pensou que a autoridade eclesiástica devia tolerar que alguém violasse a proibição para indagar e referir exatamente os fatos.

Em 22 de maio apresentou um amplo relatório ao Bispo que não o repreendeu, mas agradeceu.

Interpretou aquele agradecimento como uma permissão velada e continuou a estudar a menina que neste período tinha sido levada para Bergamo. Em 27 de maio, a permissão velada se torna permissão explícita e daquele dia Padre Cortesi comandou a situação. Depois das aparições a menina foi afastada de Ghiaie e Padre Cortesi deu ordem para que ninguém se aproximasse da menina sem a sua permissão.

A retratação

Padre Cortesi logo passou a fazer o advogado do diabo e submeteu a menina a duras provas, com fortes pressões sobre a psique e a consciência da menina. Em 15 de setembro de 1945 conseguiu finalmente que ela retratasse, fazendo-a escrever com engano, em uma página do caderno:

“Não é verdade que eu vi Nossa Senhora. Disse uma mentira porque não vi nada. Não tive coragem de contar a verdade, mas depois disse tudo a don Cortesi. Agora estou arrependida de tanta mentira. Adelaide Roncalli. Bergamo 15 de setembro de 1945."

Foi assim que Adelaide conta este episódio no seu diário:

" Numa sala das irmãs Ursulinas de Bergamo, depois de ter fechado as portas, Padre Cortesi me ditou as palavras que deveria escrever no desventurado bilhete. Lembro-me muito bem que, devido à violência moral a qual estava sendo submetida, o manchei e ele dividiu a página e me fez refazer, com muita paciência, a fim de conseguir o que queria. Assim a traição aconteceu.

Esteve realmente mal por muito tempo e Padre Cortesi continuou a sua cruel obra inquisitora. Depois de muitas queixas de pessoas honestas, o bispo de Bergamo acabou, mas muito tarde, por proibir peremptoriamente a Padre Cortesi de aproximar-se da menina.

A reafirmação

Quando voltou em família para algumas semanas de férias, em 12 de julho de 1946 na escola materna de Ghiaie di Bonate reafirmou por escrito o que segue:

"Ghiaie Bergamo 12-7-1946

Roncalli Adelaide

É verdade que eu via Nossa Senhora (eu disse que não tinha visto Nossa Senhora porque assim me havia ditado Padre Cortesi e para obedecer a ele, escrevi isto).

Roncalli Adelaide"

A folha foi assinada por 7 testemunhas: o padre, 4 freiras, Rota Agnese e Roncalli Annunciata.

Adelaide escreve em um diário:

"Em 1947 fui para as Freiras do "Conhecimento"e, aqui, fiz o meu grande erro, narrei tudo o que tinha visto nas aparições, afirmando com precisão de ter visto Nossa Senhora e sentido as suas palavras. Quando acabei a narração, fiquei com muito medo das palavras de Padre Cortesi: " é pecado afirmar ter visto Nossa Senhora." me dominaram. Num primeiro momento calei, depois decidi repetir o que tinha aprendido de Padre Cortesi, e por isso disse não ter visto Nossa Senhora".

Bastam estas linhas para entender com qual violência psicológica Padre Cortesi tinha a menina em uma relação de total dependência.

Em 11 de julho de 1944, padre Agostino Gemelli, psiquiatra e psicólogo de fama internacional, encarregado expressamente pelo Bispo de realizar exames completos na menina Adelaide escreveu, entre outras coisas, na conclusão do seu longo relatório enviado a Monsenhor Bernareggi, bispo de Bergamo:

"Podemos excluir que seja um sujeito anormal no qual a mentira seja a razão da narração das visões tidas. A observação prolongada de quatro dias me permitiu, principalmente através de testes mentais, trazer a luz tal personalidade na qual apareceria de forma evidente o desejo de enganar ou apresentar de maneira diferente da realidade a própria personalidade. Se pode excluir de forma total, ainda mais porque a menina não conta mais espontaneamente sua narração das visões; interrogada, abaixa a cabeça, fica séria, calada, além disso, toda a sua personalidade se apresenta ao psiquiatra como uma personalidade dominada pela espontaneidade, pela simplicidade, pela instantaneidade, ou seja, características que não podem ser imitadas por uma menina....

Estamos de frente a um tipo precocemente positivo, realista, sintético, ou seja, completamente oposto a um tipo histérico... Graças à exclusão de formas doentias da personalidade ou não típica a esta, podemos afirmar que se as afirmadas visões de Bonate são verdadeiras, não é obra de uma mente doente, ou seja, efeito de imaginação, ou de sugestão... "

Padre Gemelli foi obstinadamente contrastado por Padre Cortesi.


A comissão teológica, infelizmente, se deixou guiar no seu trabalho de pesquisa por don Luigi Cortesi que assumiu arbitrariamente e sem nenhuma garantia de legalidade.

Entre 21 de maio e 10 de julho de 1947, o tribunal eclesiástico se reuniu e Adelaide foi chamada a depor. Durante os interrogatórios, à menina foi apresentado o seu bilhete com a negação. Adelaide se sentiu enganada por Padre Cortesi e preferiu ficar em silêncio e chorar.

Em 1960, Adelaide contou a Padre Mário Mason, sobre o seu interrogatório no processo:

"quando assinei aquela carta, que ele mesmo havia ditado dizendo que era reservada só a ele, dentro de mim senti súbito que aquilo que havia escrito era falso. Mas infelizmente Padre Cortesi já tinha pegado a carta assinada. Rever aquela carta no dia do meu interrogatório na mão dos juízes da Curia de Bergamo, e depois o juramento de contar toda a verdade...compreendi mais ainda que tinha sido enganada por Padre Cortesi. Que coisa podia fazer? Podia ousar denunciar Padre Cortesi a tantos padres como um falso? Preferi calar e chorar."

(Ver: "Lâmpadas viventes", fevereiro 1978, Milão)

O decreto episcopal

Em 30 de abril de 1948, o bispo de Bergamo emitiu o seguinte decreto:

"Adriano Bernareggi, prelado doméstico de Sua Santidade, Assistente do Poder Pontifício, e conde, pelas graças de Deus e da Santa Sede Apostólica, Bispo de Bergamo - tendo examinado atentamente os estudos diligentes e ponderados realizados pela Comissão Teológica nominada através do Decreto episcopal em 28 de outubro de 1944 para o exame das aparições e revelações de Nossa Senhora a menina Adelaide Roncalli em Ghiaie di Bonate, em maio de 1944; e tendo presente as conclusões a que a mesma Comissão chegou depois de minuciosas pesquisas aos fatos e as várias circunstâncias concernentes as afirmadas aparições e revelações,

Com o presente ato declara:

1. Não consta a realidade das aparições e revelações da Virgem Maria a Adelaide Roncalli em Ghiaie di Bonate em maio de 1944.


2. Com isto não queremos excluir que Nossa Senhora, evocada com fé pelas pessoas de boa vontade que acreditaram na sua aparição a Ghiaie, possa ter concedido graças especiais e curas não comuns, premiando de tal forma a devoção para com Ela.

3. Em virtude do presente Ato, toda forma de devoção a Nossa Senhora, venerada como apareceu em Ghiaie di Bonate, pela lei canônica fica proibida.

Bergamo, 30 de abril de 1948 Adriano Bernareggi bispo de Bergamo".

As curas

Muitas foram os depoimentos dos doentes curados durante e depois das aparições. Várias curas foram instantâneas, perfeitas e inexplicáveis. Durante aquele período, foi também instituído uma seção apropriada para as costumeiras pesquisas.

No decreto do bispo se lê. "Com isto não queremos excluir que Nossa Senhora, evocada com fé pelas pessoas de boa vontade que acreditaram em sua aparição a Ghiaie, possa ter concedido graças especiais e curas não comuns, premiando de tal forma a devoção para com Ela." Lendo o acima afirmado, nas pessoas comuns, ficam duas dúvidas persistentes.

1. Tantos doentes, curados inexplicavelmente entre 13 de maio de 1944 até o juízo do bispo em 30 de abril de 1948 porque tinham "em boa fé" ido a Ghiaie di Bonate ( não conheciam ainda a posição da Igreja em relação àquelas aparições), se realmente nada de especial aconteceu em Ghiaie di Bonate, não teriam de certo sonhado em ir a rezar a Nossa Senhora e pedir graças naquele local desconhecido. Todas aquelas curas teriam acontecido? Quando?

2. Para todos aqueles que, desde 1948 ate hoje, "não mais em boa fé" (porque conhecendo o "nada consta" e as proibições do decreto episcopal), acreditaram pelo contrário na inocência de uma menina de sete anos e foram em peregrinação ao local das aparições e rezando sozinhos ou em grupo, com ou sem a presença de sacerdotes, e invocaram especificamente a ajuda de Nossa Senhora di Ghiaie (dos Cascalhos) di Bonate ou da Rainha da Família obtendo graças especiais ou curas, com devem-se sentir premiados? De certo por ter acreditado nas aparições e nas revelações da Virgem Maria a Adelaide Roncalli em Ghiaie di Bonate e ter invocado especificamente a ajuda de Nossa Senhora delle Ghiaie ou Rainha da Família. Não com certeza como indicado no decreto.

O encontro com Pio XII


Em 1949, um ano depois da publicação do decreto episcopal, Papa Pio XII recebeu em audiência particular a menina Adelaide Roncalli que lhe revelou o segredo a ele reservado que Nossa Senhora tinha lhe confiado em 17 de maio de 1944 durante a quinta aparição. O Papa, recebendo Adelaide, manifestava certamente acreditar nas aparições de Ghiaie di Bonate, caso contrário, o que teria levado aquele grande pontífice a receber a menina, visto o "nada consta" do decreto episcopal?

A carta de Papa João XXIII

Em 8 de julho de 1949, Papa João XXIII enviou uma carta a Monsenhor Giuseppe Battaglia bispo de Faenza "sobre o caso de Ghiaie".

"Reservada, 8-VII-1960

Cara Excelência, estamos sempre unidos em pensamento, em coração, em orações. Sobre o caso de Ghiaie deve entender que devemos começar não do vértice mas do plano: e não tocar quem deve pronunciar não a primeira mas a última palavra. Mias do que do conteúdo, aqui se deve tomar em consideração as circunstâncias, que devem ser estudadas e muito consideradas.

O que vale em "subiecta materia" é o depoimento da vidente: e a base do que ainda confirma depois de 21 anos está de acordo com a sua primeira afirmação com 7 anos: e retirada depois de ameaças, do medo do inferno que alguém lhe fez sentir. Parece que insista o terror daquelas ameaças.

De qualquer forma V. Exma. compreende que não é prático, nem útil, que o primeiro passo para uma revisão venha do abaixo assinado a quem toca o "verbum" para a Congregação dos ritos, ou de outro ministério, que a seu tempo faça "faciat verbum cum S.S. " etc. Desculpe a simplicidade das minhas palavras. E esteja sempre bem " in laetitia et in benedictione" mesmo se "dies mail sunt". Assinado o XII".

Um comentário de Padre Pio

Padre Pio teria falado as pessoas de Bonate que o procuraram em Petralcina. “Mas o que vocês vêm fazer aqui, aqui em baixo( na Italia), vocês que têm a vossa Nossa Senhora de Bonate"?

A petição ao bispo de 1974

No 30º aniversário das aparições, o sr. Cortinovis apresentou ao bispo Monsenhor Clemente Gadd petição acompanhada de 7000 assinaturas de fiéis os quais manifestavam o desejo de rezar com o consentimento do bispo no local das aparições. Monsenhor Gadd disse que não podia reabrir o processo se não tivesse novos elementos, sérios e graves; e logo continuavam em vigor as disposições dos anteriores bispos, mas acrescentou que não podia proibir, nem impedir a nenhuma pessoa ou a grupos de pessoas de ir ao local e rezar por Nossa Senhora.

A reafirmação solene

Em 20 de fevereiro de 1989. Adelaide Roncalli decidiu reafirmar solenemente e oficialmente em frente a um tabelião, a veracidade das aparições:

"Eu, abaixo assinada Adelaide Roncalli, natural de Ghiaie di Bonate Sopra, nascida em 23 de abril de 1937, no meu quadragésimo quinto aniversário volto a declarar, como já fiz outras vezes em ocasiões precedentes, que sou absolutamente convicta de ter visto as Aparições da Nossa Senhora em Ghiaie di Bonate de 13 ao 31 de maio de 1944 quando tinha 7 anos. As vicissitudes por mim dolorosamente vividas desde então, as ofereço a Deus e a legítima autoridade da Igreja, a quem interessa reconhecer ou não o que com a consciência tranqüila e em seguro possesso das minhas faculdades mentais digo que seja verdade."


Em fé. Adelaide Roncalli.


20 de fevereiro de 1989.


A CONFIRMAÇÃO FEITA EM ITAPIRANGA 50 ANOS DEPOIS

No Amazonas, 50 anos depois, Nossa Senhora começou a se manifestar em Itapiranga a Edson Glauber e sua mãe, Maria do Carmo. A ele, Nossa Senhora confirmou a veracidade de suas aparições à Adelaide Roncalli, no ano de 1944, sem que o mesmo conhecesse a realidade e os fatos destes acontecimentos ocorridos anos atrás. Edson nos relata este fato:

19.02.95 – Pela manhã, eu estava rezando no monte, onde hoje existe uma cruz, no local das aparições. Dali deste monte, podemos ver a Torre da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré. Nossa Senhora apareceu e me disse:

Eu apareci verdadeiramente em Ghiaie di Bonate!


Ela me abençoou e desapareceu. Retornei a casa pensando neste nome: Bonate, Bonate! Não sabia dizer o primeiro nome bem. Chegando a casa, disse à minha mãe: Hoje Nossa Senhora apareceu no monte, enquanto eu rezava e me disse um nome estranho: Bonate!

Minha mãe perguntou-me: O que é Bonate?

Eu lhe disse: É um lugar onde ela apareceu, mas as pessoas não acreditaram, senão ela não me teria dito que tinha aparecido verdadeiramente lá.


No dia 25.02.95, a Mãe de Deus ela voltou a lhe dizer:

De tantas maneiras, Eu tenho me manifestado pelo mundo inteiro. Desde Lourdes, quando apareci a minha filhinha Bernadette, tenho vindo incansavelmente ao mundo, para pedir-lhes que façam penitência pela conversão dos pobres pecadores, mas Eu não fui ouvida. Depois em tantos lugares eu me manifestei: Fátima, Montichiari, Ghiaie di Bonate, Amsterdam, Banneaux, Fontanelle, Akita, Kibeho e muito mais em Medjugorje, onde há mais de treze anos tenho me revelado.
Por que isso, meus filhos? Para salvá-los do lodo do pecado. Para prepará-los para receber o meu Filho Jesus, que já está por chegar. Mas por que ficam tão surdos a estes meus apelos maternos? Por que recusam a ouvir tudo aquilo que eu lhes falo.


Depois, por várias vezes, Nossa Senhora ou Jesus, lhes falavam a respeito de Ghiaie di Bonate, mas Edson, não compreendia o porquê de tudo isso. Quando mencionou o ocorrido ao seu primeiro diretor espiritual, este ficou muito surpreso, de Edson ter lhe falado a respeito deste nome ouvido pela Mãe de Deus, pois conhecia algo sobre Bonate, mas não lhe explicou o motivo, nem acreditou, até duvidando das mensagens da Virgem, considerando-as como falsas. Isto deixou Edson muito triste, que quase entrou em crise, pois ele ficava a se questionar por qual motivo Nossa Senhora teria lhe falado de um local que não andava bem e que não tinha sido reconhecido pela Igreja.

Nossa Senhora viu o sofrimento de Edson e esperou passar mais algum tempo, precisamente o tempo em que alguém pudesse compreender os desejos do seu Coração materno. Assim sendo, Padre José teve que ser transferido para Portugal e não poderia mais orientar Edson. Neste período, Edson rezou muito para que a Mãe de Deus lhe indicasse outro sacerdote. Logo ele conheceu Padre Danilo, do PIME, que veio a ajudá-lo e orientá-lo.

No ano de 1997, Edson foi convidado a estar em São Paulo para dar o seu testemunho sobre as mensagens e aparições ocorridas a ele e à sua mãe e, num desses encontros de oração, conheceu Padre Vincenzo Savoldi, que ao ouvir de Edson as mensagens de Nossa Senhora a respeito de Ghiaie di Bonate ficou muito surpreso e decidiu imediatamente levá-lo até a Itália, precisamente a Ghiaie di Bonate, para que ele testemunhasse àquele povo local o que Nossa Senhora tinha lhe revelado no longínquo Amazonas, há muitos milhares de quilômetros da Itália.

Este fato repercutiu muito pela Itália e fez com que a história das aparições de Nossa Senhora em Ghiaie di Bonate viesse novamente ao conhecimento de muitas pessoas. O testemunho de Edson fez com que muitos incrédulos voltassem a acreditar na veracidade destas manifestações da Virgem à Adelaide e deixou muitos desconcertados a se perguntar: Como é que este rapaz, de tão longe, praticamente de outra parte do mundo, veio a conhecer, no meio da floresta amazônica, o fato ocorrido em Ghiaie, se não fosse por meio de uma intervenção divina? Os homens podem esquecer, no decorrer de algumas décadas, certos acontecimentos, mas não Nossa Senhora que está unida eternamente a Deus no céu. Para ela, meio século, é como se fosse um dia.

Em Bonate, Nossa Senhora profetizou o seu triunfo como Rainha da Família. O demônio tentou destruir a sua obra no coração de seus filhos, mas a Virgem cheia de graça e de amor pela salvação de todos, interveio para mostrar que Deus sempre vencerá apesar dos seus inimigos lutarem contra.

Aqui podemos compreender que todos os acontecimentos e todas as situações estão sempre nas mãos de Deus e, que apesar das dificuldades e provas pelas quais passamos, ele sempre abrirá os caminhos, para que o seus servos possam cumprir os seus desígnios divinos, assim como ele abriu o mar vermelho no Egito, para que o povo de Deus atravessasse a pé enxuto, libertando-o das garras do faraó opressor.

Se Ghiaie é considerada a continuação da mensagem de Fátima, podemos dizer que Itapiranga é o desfecho e a confirmação destas duas manifestações da Santíssima Virgem ocorridas em Portugal e na Itália, principalmente no que diz respeito à pessoa de São José e ao seu Coração Castíssimo. Em ambos os fatos, ele se fez presente, seja na última aparição de Fátima, ocorrida no dia 13 de outubro, quando os pastorzinhos o viram abençoando o mundo com o Menino Jesus; seja em Ghiaie di Bonate, quando veio acompanhando a Virgem com o Menino Jesus várias vezes.

No dia 21.05.97, a Mãe de Deus disse a Edson:

“Eu sou a Rainha da Família. Dou-lhes a minha bênção materna... Bonate, Bonate, não ficarás mais abandonada como foste no passado. Eis que venho do céu para pedir a tua santificação e respeito. Que todos os sacerdotes tenham uma consciência ativa e procure ver tudo àquilo que eu realizei em Bonate.”

E no dia 22.05.97:

“A todos aqui reunidos derramo as minhas graças. Tenham um amor muito grande pelo Coração Castíssimo de São José. Itapiranga veio confirmar as minhas aparições em Ghiaie de Bonate... Conforta a minha filha Adelaide Roncalli, dizendo-lhe que Eu não me esqueci da promessa que lhe fiz, de que na hora de sua morte eu virei buscá-la.”

Assim sendo, rezemos para que o triunfo de nossa Santa Mãe venha o mais depressa possível, pela salvação de muitas famílias, que se encontram sem vida. Quem vai à Itália, principalmente na parte norte, não pode deixar de visitar o local onde a Virgem se manifestou como Rainha da Família. As aparições de Ghiaie di Bonate veio ajudar as famílias a serem mais santas e de Deus.



Conheça mais sobre a história das aparições da Virgem em Ghiaie di Bonate no site:



Consagração a Maria, Rainha da Família


Ó Virgem Santa Maria, que ainda vos dignais derramar muitas graças do vosso amoroso Coração de Mãe, volvei benigno o vosso olhar sobre a minha pessoa e sobre a minha família, que espera o vosso socorro.
Ó querida Maria Santíssima, eu me refugio no vosso Coração. Concedei-me forças para progredir no caminho da santidade, rumo ao Paraíso.
Ajudai-me para que eu jamais desanime, mesmo quando a dor e as adversidades da vida me fazem esmorecer na fé e no impulso para Vós.
Aumentai a minha fé, sede conselheira na dúvida, sustentáculo na fraqueza, consolação nos sofrimentos.
A Vós consagramos as nossas famílias: os esposos, os pais e os filhos, os parentes; os doentes, os marginalizados e sofredores. Em nossas casas reine sempre o amor, a concórdia e a caridade cristã para que nos ajudemos mutuamente.
Auxiliai-nos a compreender-nos e a perdoar-nos reciprocamente. Ajudai-nos a viver na pureza e na justiça de acordo com os Mandamentos de Deus. Dai a todos, e especialmente aos jovens, a graça de testemunhar a sua fé, humilde e corajosamente. Amém!


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