Postado por A Catequista
Em 2 de março de 1983, o mundo ficou boquiaberto com uma cena insólita: um papa metendo o dedo cara de um sacerdote, e lhe dando uma bronca... diante das câmeras de TV!
Esse passa-sabão épico e histórico aconteceu na Nicarágua, na ocasião da chegada do Papa João Paulo II ao país. Logo ao chegar no aeroporto, assim que avistou o padre Ernesto Cardenal, o santo lhe meteu o dedo na cara, e lhe deu mandou abandonar o cargo de Ministro da Cultura, que o padre ocupava há cera de quatro anos.
Por que São João Paulo II fez aquilo? Porque quem estava no poder na Nicarágua na época eram os sandinistas, membros de um movimento político que professa o socialismo – ideologia formalmente condenada pela Igreja por dez papas (inclusive pelo Papa Francisco).
Se presenciassem aquela atitude do santo polonês, muitos católicos que teimam em defender o socialismo certamente diriam: “Ain, quanto ódio! Mais amor, por favor!”. Da minha parte, eu simplesmente digo: SÃO JP II OPRIMIU FOI POUCO!
Vamos ver as "ibágens", comandate Amílton! Eu quero ibágens! Olha aí:
Como todo herege impenitente, Cardenal desobedeceu ao Papa, e continuou por mais quatro anos como funcionário do governo sandinista. A Santa Sé, então, suspendeu o padre Cardenal “ad divinis” em 1985, pois seu cargo político era incompatível com a missão sacerdotal. Desde então, ele foi proibido de atuar como sacerdote.
O COMBATE DE SÃO JP II AO SOCIALISMO NA IGREJA DO BRASIL
O empenho de São João Paulo II para passar o rodo na ala marxista e herética da Teologia da Libertação não se restringiu à Nicarágua, mas se estendeu a toda a América Latina, e se fez valer também no Brasil. Pois a coisa aqui estava feia!
Em 1980, os padres e bispos da Teologia da Libertação deram amplo suporte e apoio para a criação do PT – Partido dos Trabalhadores. Além de transformar as missas em comícios, esses padres faziam de tudo para infiltrar militantes do PT em cargos de grande influência cultural – assim poderiam doutrinar crianças e jovens e preparar o terreno para o atual monopólio da esquerda na grande mídia, nas escolas e universidades.
O falecido cardeal Dom Paulo Evaristo Arns assumiu, em uma entrevista, que colaborou para que a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo fosse dominada por professores membros do PT (confira aqui). Felizmente, o cardeal se mostrava arrependido dessa desgraça (que Deus o tenha).
São João Paulo II cortou as asas de Dom Paulo Evaristo Arns com um só golpe, diminuindo drasticamente o seu poder de influência. Em 1989, a Santa Sé ordenou a divisão da Arquidiocese de São Paulo, criando quatro novas dioceses. Com apenas uma exceção, os bispos que assumiram as novas dioceses não seguiam a linha de Dom Arns.
Outra paulada na TL brasileira foi a condenação dos escritos do frei Leonardo Boff. Naquela época, a Congregação pela Doutrina da Fé era liderada pelo cardeal Joseph Ratzinger, nosso amado pai Bento XVI.
Leonardo Boff acabou largando a batina e continua a propagar orgulhosamente suas heresias. A despeito disso, segue sendo adulado por padres e leigos de numerosas dioceses pelo Brasil afora. Os católicos ingênuos e desavisados – e também os sem-vergonhas – continuam lotando suas palestras e comprando seus livros.
Além de condenar o socialismo, a Doutrina Social da Igreja condena também o capitalismo radicalmente liberal (totalmente independente da regulação estatal). Sobre isso, já falamos aqui.
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