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11 grandes citações do Papa Bento XVI sobre a Liturgia e a Missa



1. Sobre os reformadores litúrgicos a criar uma "fabricação", um "produto banal":
«A reforma litúrgica, na sua realização concreta, distanciou-se a si mesma ainda mais da sua origem. O resultado tem sido não uma reanimação, mas devastação. Em vez da liturgia, fruto dum desenvolvimento contínuo, puseram uma liturgia fabricada. Esvaziaram um processo vital de crescimento para o substituir por uma fabricação. Não quiseram continuar o desenvolvimento, a maturação orgânica de algo vivo através dos séculos, e substituíram-na, à maneira da produção técnica, por uma fabricação, um produto banal do momento.»
(Revue Theologisches, Vol. 20, Fev. 1990, pgs. 103-104)

2. Sobre aqueles que apreciam a [antiga] Missa em Latim serem tratados erradamente como "leprosos":
«Para promover uma verdadeira consciência em matérias litúrgicas, é também muito importante que a proibição contra a forma da liturgia em uso válido até 1970 (a antiga Missa em Latim) seja levantada. Qualquer pessoa que hoje em dia defenda a existência contínua desta liturgia ou que participe nela é tratada como um leproso; toda a tolerância acaba aqui. Nunca houve nada como isto na história; ao fazer isto estamos a desprezar e a proibir o passado inteiro da Igreja. Como é que uma pessoa pode confiar nela no presente se as coisas são assim?»
(Introdução ao Espírito da Liturgia, 2000)

3. Sobre a degeneração da liturgia e os "fabricantes litúrgicos":
«Temos uma liturgia que degenerou a ponto de se tornar num espectáculo que, com sucesso momentâneo para o grupo de fabricantes litúrgicos, se esforça para tornar a religião interessante na sequência das frivolidades da moda e das máximas sedutoras da moral. Consequentemente, a tendência é a cada vez maior diminuição do mercado daqueles que não procuram a liturgia para um espectáculo espiritual mas para um encontro com o Deus vivo diante do Qual todo o 'fazer' se torna insignificante, visto que apenas este encontro é capaz de nos garantir acesso à verdadeira riqueza do ser.»
(Prefácio do Cardeal Ratzinger à tradução francesa de Reform of the Roman Liturgy por Monsignor Klaus Gamber, 1992).


4. Sobre a "desintegração da liturgia":
«Estou convencido que a crise que a Igreja está a experimentar hoje é, em grande parte, devida à desintegração da liturgia.»
(Autobiografia)

5. Contra a "liturgia caseira":
«Também vale a pena observar aqui que a 'criatividade' envolvida nas liturgias fabricadas tem um alcance muito restrito. É pobre em comparação com a riqueza da liturgia recebida nas centenas e milhares de anos de história. Infelizmente, os autores das liturgias caseiras são mais lentos a aperceber-se disto do que os seus participantes...» 
(The Feast of Faith, p. 67-68)

6. Sobre a [antiga] Missa em Latim como  a "mais Santa e Elevada posse":
«Sou da opinião, para ser sincero, que o Rito Antigo devia ser concedido muito mais generosamente a todos aqueles que o desejam. É impossível ver o que poderia ser perigoso ou inaceitável nisso. Uma comunidade está a pôr o seu próprio ser em questão quando subitamente declara aquilo que até era a sua mais santa e elevada posse como estritamente proibida, e quando declara os desejos por ela absolutamente indecentes.»
(Sal da Terra, 1997)

7. Sobre o perigo dos criativos que "presidem" à Missa:
«Na realidade o que se passou foi que uma clericalização sem precedentes entrou em cena. Agora o sacerdote - o que 'preside', como agora o preferem chamar - torna-se o verdadeiro ponto de referência para toda a Liturgia. Tudo depende dele. Temos que o ver a ele, responder-lhe a ele, estar envolvidos naquilo que ele está a fazer. A sua criatividade sustém a coisa toda.»
(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

8. Sobre o perigo do "planeamento criativo da liturgia":
«De forma não surpreendente, as pessoas tentam reduzir este novo papel criado ao atribuir todos os tipos de funções litúrgicas a indivíduos diferentes e confiando o planeamento 'criativo' da Liturgia a grupos de pessoas que gostam de o fazer, e que devem 'dar a sua própria opinião'. Cada vez menos e menos Deus é o centro. Cada vez é mais e mais importante o que é feito pelos seres humanos que se encontram aqui e não gostam de se sujeitar a um padrão pré-determinado.»
(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

9. Sobre porque é que o sacerdote não devia estar voltado para o povo durante a Missa:
«O facto de o sacerdote se ter virado para o povo tornou a comunidade num círculo fechado sobre si próprio. Na sua forma exterior já não se abre ao que está à frente e por cima, mas está fechado para si mesmo. O comum voltar-se para Oriente não era uma celebração virada para a parede; não significava que o sacerdote tinha as suas costas voltadas para o povo: o próprio sacerdote não era visto como tão importante. Porque tal como a assembleia na sinagoga olhava junta para Jerusalém, também na liturgia cristã a assembleia olhava junta para o Senhor.»
(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

10. Sobre o sacerdote e o povo voltados para a mesma direcção:
«Por outro lado, o comum voltar-se para o Oriente durante a Oração Eucarística continua a ser essencial. Isto não é uma questão de acidentes mas de essências. Olhar para o sacerdote não tem importância nenhuma. O que importa é olhar juntos para o Senhor.» 
(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

11. Sobre o "fenómeno absurdo" de substituir o crucifixo pelo sacerdote:
«Mover a cruz do centro do altar para o lado do altar, para dar uma visão sem obstáculos do sacerdote é algo que eu vejo como um dos fenómenos mais absurdos das décadas recentes. A cruz é um obstáculo durante a Missa? O sacerdote é mais importante que Nosso Senhor?» 
(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

Taylor Marshall

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