Era noite e o perigo rondava o caminho do Cenáculo até o Monte das Oliveiras. Os onze Apóstolos, para não “tropeçarem”, caminhavam com os olhos fixos em Jesus Cristo, luz do mundo: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).
Esse mundo assemelha-se ao mar tempestuoso. Quem quiser “navegar” com segurança por ele deve fixar os olhos em Jesus Cristo, luz do mundo... sem a ajuda do Senhor as ondas furiosas “engolirão” a frágil barquinha da nossa vida: “... com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, Jesus” (Hb 12, 2).
O cristão há de fixar o seu olhar em Jesus, como o corredor que uma vez começada a carreira, não se deixa distrair por nada que seja alheio ao seu propósito de chegar à meta: “Se te queres salvar olha para o rosto do teu Cristo. Ele é iniciador da fé num duplo sentido. Primeiro, ao ensiná-la com a sua pregação, e depois porque a imprime no coração. Ele é também por um duplo motivo a consumação da fé, porque a confirma com os seus milagres e porque a premeia” (Santo Tomás de Aquino).
Aquele que deixa de olhar para Jesus Cristo para fixar os olhos nas coisas caducas desse mundo cairá no abismo, porque longe de Deus a alma se obscurece: “... a alma, sem a presença de seu Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa ignomínia” (São Macário).
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 14 de junho de 2016
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