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A SANTA MISSA É O MAIS SUBLIME SACRIFÍCIO DE LOUVOR




Deus é inefável. Não há criatura que possa exprimir-lhe a santidade e a glória. É a mais rigorosa justiça, a mais doce misericórdia, a beleza personificada, em uma palavra, é o conjunto de todas as perfeições.
Bem que os Anjos e os Santos o amem de todo o coração, tremam em presença de sua sublime Majestade e adorem-no prostrados com o mais profundo respeito. Louvam, exaltam e bendizem as infinitas perfeições sem jamais poderem saciar-se.
O sol, a lua, as estrelas os imitam. Todas as outras criaturas: os animais, as árvores das florestas, os metais e as pedras, bendizem ao Senhor, conforme sua espécie e seus meios, e contribuem assim para sua maior glória.
Se, pois, todos os seres devem louvar ao Senhor, quanto mais o homem que foi criado para este fim com uma alma racional.
Davi, rei e profeta, cumpriu, excelentemente, este dever. Convidou a terra e o céu, os seres animados e inanimados, para com ele bendizerem ao Senhor, afim de que as gerações futuras continuassem a celebrar a glória do seu nome.
Mais estritamente que o povo judeu, somos obrigados para com Deus, nós a quem predestinou para sermos filhos adotivos por Jesus Cristo, segundo o propósito de sua vontade, para louvor e glória da sua graça.
Em outros termos, Deus adotou os cristãos para que o louvassem e bendissessem a magnificência de sua graça. Eis o dever sagrado ao qual não nos poderemos subtrair sem pecado grave. Para cumprir este dever, imperadores, reis, príncipes piedosos, edificaram magníficos templos e fundaram mosteiros, onde os louvores do Senhor deviam seguir-se noite e dia pelo canto das horas canônicas. É por essa razão que a Igreja obriga seus clérigos, desde que recebem o subdiaconato, à recitação quotidiana do breviário, obrigação que ela estende sobre a maior parte das Ordens religiosas de um e de outro sexo. Todos eles se conformam com isto alegremente e elevam a glória do Senhor tão alto quando podem, e elevam sua grandeza quanto possível, porque ele está acima de todo louvor.
Para que, porém, o nosso louvor seja um tributo digno de ser recebido pela imensa Majestade de Deus, Jesus Cristo, conhecendo a fraqueza humana, instituiu a Santa Missa, o sacrifício de louvor, por excelência, oferecido ao Senhor todos os dias e a toda hora.
Recordam, sob este ponto de vista, as diferentes partes da Santa Missa. Que hino magnífico o Glória in excelsis: laudamus te, nós vos louvamos; benedicimus te, nós vos bendizemos; adoramus te, nós vos adoramos; glorificamos te, nós vos glorificamos!
Que cântico ardente o Sanctus: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!
O profeta Isaías, em um êxtase, ouviu os coros dos Anjos que cantavam, alternadamente, este cântico, e o hosana de alegria partia do coração dos judeus quando Jesus entrou em Jerusalém, seis dias antes da sua Paixão. Unindo, na Santa Missa, nossas fracas vozes a essas melodias celestes, rendemos a mais pura glória que possa ser rendida a Deus no céu e na terra.
A Santa Igreja, pela Carne e pelo Sangue de Jesus Cristo, oferece um sacrifício de louvor, diz Santo Agostinho. E São Lourenço Justiniano escreve: É certo que Deus não poderia ser mais louvado do que pelo sacrifício da Missa, instituído para esse fim pelo Salvador.

Na Missa, o Filho de Deus oferece-se a seu Pai e rende-lhe toda a honra, toda a glória que lhe rendia sobre a terra. Desta sorte e assim unicamente, o Pai é glorificado de uma maneira digna dele: eis porque Deus recebe de uma só Missa mais honra e glória do que poderiam proporcionar-lhe todos os Anjos e Santos.

Do livro: (Explicação da Santa Missa, Venerável Martinho de Couchem, religioso capuchinho)

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