A fé
de Maria encontra-se com a fé de José. Na verdade, José não respondeu ao
“anúncio” do anjo como Maria; mas “fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e
recebeu a sua esposa”. Isto que ele fez é puríssima “obediência da fé” (cf. Rom
1, 5; 16, 26; 2 Cor 10, 5-6). Assim sendo, pode-se dizer que aquilo que José
fez o uniu, de uma maneira absolutamente especial, à fé de Maria: ele aceitou
como verdade proveniente de Deus o que ela já tinha aceitado na Anunciação. O
Concílio ensina: «A Deus que revela é devida a "obediência da fé"
(...); pela fé, o homem entrega-se total e livremente a Deus, prestando-lhe
"o obséquio pleno da inteligência e da vontade" e dando voluntário
assentimento à sua revelação». A frase acabada de citar, que diz respeito à
própria essência da fé, aplica-se perfeitamente a José de Nazaré.
Ele
tornou-se, portanto, um depositário singular do mistério «escondido
desde todos os séculos em Deus» (cf. Ef 3, 9), como se tornara Maria,
naquele momento decisivo que é chamado pelo Apóstolo «plenitude dos tempos»,
quando «Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher» [...] Deste
mistério divino, juntamente com Maria, José é o primeiro depositário.
Simultaneamente com Maria - e também em relação com Maria - ele participa
nesta fase culminante da auto revelação de Deus em Cristo; e nela participa
desde o primeiro momento.
Comentários
Postar um comentário