Budapeste - O ciclo de crise econômica mundial que teve
início em 2008 poderá durar mais de dez anos, disse o economista-chefe
do Fundo Monetário Internacional (FMI), o francês Olivier Blanchard, em
uma entrevista publicada nesta quarta-feira (3/10) pela portfolio.hu.
"Não é uma década perdida, mas provavelmente precisaremos de ao menos uma década, a partir do princípio da crise, para que a economia mundial volte a ficar em um bom estado", disse.
Blanchard pediu mais solidariedade entre os países membros da Zona Euro e uma maior integração das políticas econômicas e orçamentárias europeias, mas afirmou que o continente "seguirá adiante" e que "a moeda única terá êxito".
"A Europa não pode ficar onde está. E creio que ninguém quer ir para trás", disse.
Crise econômica: mais de 500 famílias são despejadas diariamente na Espanha
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2012/10/03/internas_economia,325871/crise-economica-mundial-pode-durar-mais-de-dez-anos-projeta-fmi.shtml
"Não é uma década perdida, mas provavelmente precisaremos de ao menos uma década, a partir do princípio da crise, para que a economia mundial volte a ficar em um bom estado", disse.
Blanchard pediu mais solidariedade entre os países membros da Zona Euro e uma maior integração das políticas econômicas e orçamentárias europeias, mas afirmou que o continente "seguirá adiante" e que "a moeda única terá êxito".
"A Europa não pode ficar onde está. E creio que ninguém quer ir para trás", disse.
Crise econômica: mais de 500 famílias são despejadas diariamente na Espanha
Brasília – O Conselho Geral do Poder Judiciário na
Espanha contabiliza que, por dia, 517 famílias são despejadas de suas
casas por falta de pagamento do aluguel ou das prestações do
financiamento imobiliário (hipoteca). Somente no primeiro trimestre
deste ano 46.559 despejos foram registrados. Desde 2008, quase 400 mil
execuções hipotecárias foram decididas pela Justiça.
A inadimplência das famílias estimula a recessão na Espanha, um dos países mais atingidos pela crise econômica na zona do euro. A estimativa é que os bancos espanhóis devam precisar de mais de 59 bilhões de euros para suportar o não pagamento das dívidas.
Entidades da sociedade civil protestam contra a situação. Ada Colau – ativista do direito à moradia e uma das fundadoras do movimento social Plataforma dos Afetados pela Hipoteca (PAH) – lembra que na época do boom imobiliário, o governo "facilitou o crédito de maneira irresponsável" e, agora, anuncia cortes em gastos com educação e saúde, no momento em que tenta capitalizar o sistema financeiro e evitar falência de bancos.
Entre 1997 e 2007, época de expansão econômica na Espanha e na Europa, construíram-se 390 mil moradias por ano no país, os preços dos imóveis aumentaram 200%. A PAH estima que o país termine 2012 com mais de 180 mil famílias despejadas.
A inadimplência das famílias estimula a recessão na Espanha, um dos países mais atingidos pela crise econômica na zona do euro. A estimativa é que os bancos espanhóis devam precisar de mais de 59 bilhões de euros para suportar o não pagamento das dívidas.
Entidades da sociedade civil protestam contra a situação. Ada Colau – ativista do direito à moradia e uma das fundadoras do movimento social Plataforma dos Afetados pela Hipoteca (PAH) – lembra que na época do boom imobiliário, o governo "facilitou o crédito de maneira irresponsável" e, agora, anuncia cortes em gastos com educação e saúde, no momento em que tenta capitalizar o sistema financeiro e evitar falência de bancos.
Entre 1997 e 2007, época de expansão econômica na Espanha e na Europa, construíram-se 390 mil moradias por ano no país, os preços dos imóveis aumentaram 200%. A PAH estima que o país termine 2012 com mais de 180 mil famílias despejadas.
Crise provoca êxodo de europeus para América Latina; Brasil se destaca
A crise internacional, que atingiu principalmente os países da zona do
euro, aumentou a procura de europeus pela América Latina e pelo Caribe. A
conclusão está em um estudo divulgado nesta sexta-feira (5/10) pela
Organização Internacional de Migrações (OIM). O documento revela que 107
mil europeus deixaram o continente, no período de 2008 a 2009.
Segundo o relatório, a migração envolve inclusive as pessoas com dupla nacionalidade. A maioria dos europeus procura o Brasil, a Argentina, a Venezuela e o México. Os principais países de origem são a Espanha (47.701), Alemanha (20.926), Holanda (17.168) e Itália (15.701).
Os imigrantes que saem da Europa rumo à América Latina e ao Caribe têm um perfil definido, segundo o estudo. A maioria é formada por homens jovens, solteiros, que têm formação superior, em geral em ciências sociais eu engenharia civil. Já as mulheres foram as primeiras a deixar a América Latina com destino à União Europeia, aumentando as remessas de dinheiro para as famílias nos países de origem.
O estudo indica ainda que há uma migração intrarregional – cerca de 4 milhões de pessoas optaram por deixar seus países em direção aos vizinhos, em uma mesma região. A maioria é da Colômbia, da Nicarágua, do Paraguai, do Haiti, do Chile e da Bolívia. Os principais países de destino para os migrantes intrarregionais são a Argentina, a Venezuela, a Costa Rica e a República Dominicana.
Segundo o relatório, a migração envolve inclusive as pessoas com dupla nacionalidade. A maioria dos europeus procura o Brasil, a Argentina, a Venezuela e o México. Os principais países de origem são a Espanha (47.701), Alemanha (20.926), Holanda (17.168) e Itália (15.701).
Os imigrantes que saem da Europa rumo à América Latina e ao Caribe têm um perfil definido, segundo o estudo. A maioria é formada por homens jovens, solteiros, que têm formação superior, em geral em ciências sociais eu engenharia civil. Já as mulheres foram as primeiras a deixar a América Latina com destino à União Europeia, aumentando as remessas de dinheiro para as famílias nos países de origem.
O estudo indica ainda que há uma migração intrarregional – cerca de 4 milhões de pessoas optaram por deixar seus países em direção aos vizinhos, em uma mesma região. A maioria é da Colômbia, da Nicarágua, do Paraguai, do Haiti, do Chile e da Bolívia. Os principais países de destino para os migrantes intrarregionais são a Argentina, a Venezuela, a Costa Rica e a República Dominicana.
As remessas de imigrantes da União Europeia para a Comunidade de Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) atingiu US$ 7,25 bilhões, em
2010. Os repasses dos latino-americanos para a Europa somaram US$ 4,66
bilhões, no mesmo período. O fluxo de remessa dentro da América Latina
atingiu US$ 4,57 bilhões, em 2010, beneficiando principalmente a
Colômbia, a Nicarágua e o Paraguai, além da Venezuela, Costa Rica e
Argentina.
O estudo mostra que pelo menos 4,29 milhões de latino-americanos ainda
moram na Espanha, no Reino Unido, nos Países Baixos, na Itália e na
França. Segundo o documento, mais de 1,25 milhão de europeus residem em
países da América Latina. Mais informações podem ser obtidas no site do
IOM.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2012/10/03/internas_economia,325871/crise-economica-mundial-pode-durar-mais-de-dez-anos-projeta-fmi.shtml
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